Melim lança ‘Amores e Flores’, álbum com músicas gravadas em casa

Melim lança ‘Amores e Flores’, álbum com músicas gravadas em casa

A banda Melim lança nesta sexta-feira (22) o novo álbum Amores e Flores, e em coletiva de imprensa Diogo, Gabi e Rodrigo Melim comentaram todos os processos musicais, visuais e relembraram como foi gravar os clipes em Los Angeles, nos Estados Unidos, no Capitol Records Studios, um dos mais famosos do mundo.

Amores e Flores, que tem a participação do rapper Projota, é a segunda parte do álbum Eu Feat Você, lançado em maio de 2020. Segundo Rodrigo Melim, as canções foram todas compostas no ano anterior e as produções começaram posteriormente. 

“Foram feitas em 2019, naquela loucura de shows, tendo que fazer muitas canções em viagens e hotéis. A gente também sabe dos prazos. Tem gente que fala: ‘Cara, isso é muito cruel, essa coisa de ter que compor tantas músicas.’. Mas a gente é perfeccionista, também, a gente quer sempre as melhores músicas para entregar o melhor álbum possível. Eu estou bem satisfeito com o resultado. Acho que conseguimos músicas bem relevantes e bonitas”, disse Rodrigo, acrescentando que virou um hábito da banda compor novas canções sempre, para ter materiais para gravar posteriormente. 

Inspirado na vida dos três irmãos, Amores e Flores chega em uma segunda fase de um momento difícil: A pandemia de Covid-19, que além de afetar emocionalmente o público, impactou diretamente o setor do entretenimento com a parada de shows.

“As pessoas receberam o primeiro álbum em um período muito mais difícil do que o que elas vão receber agora. Querendo ou não, por mais que a gente ainda não tenha sido vacinado, acho que com a chegada da vacina as incertezas diminuem. Então mesmo que as músicas fossem iguais, já seriam recebidas de maneira diferente por esse motivo”, refletiu Diogo.

Gravações em Casa
Questionados por Quem justamente quais foram as mudanças de estrutura de gravação e mesmo de composições, por conta da quarentena, o grupo refletiu e admitiu que um dos grandes aprendizados do período foi descobrir que eles também podem fazer as músicas em casa.

“Boa parte das vozes gravamos em casa. Isso foi um processo que a gente descobriu na pandemia por pura necessidade, e rolou super bem. Ouço as coisas gravadas, algumas feitas em estúdio e algumas feitas em casa, e não vejo tanta diferença. Algumas que foram gravadas em casa acho até melhores, por uma questão artística. Óbvio que a qualidade do estúdio sempre vai ser tecnicamente melhor. Mas você gravar em casa, depois de acordar, em um domingo de manhã... É outra energia. Tem uma tranquilidade maior. Então, um dos grandes aprendizados nessa pandemia foi de gravar em casa, refletiu Diogo.

Para Rodrigo, o período difícil também trouxe mudanças no âmbito criativo. “Sempre fui muito adepto ao lance da tecnologia e do virtual. Hoje em dia, começo a compor uma música e já consigo gravar em casa o violão, o baixo, os efeitos. Quando chegar a música para gravar no estúdio, vou poder entende-la mais. A gente já consegue se expressar de forma mais completa, também”, explicou.

Grammy Latino
Amores e Flores é a continuação do álbum Eu Feat Você, que foi indicado ao Grammy Latino 2020 na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo. Para a banda, foi uma sensação indescritível participar de uma das maiores premiações do cenário musical.
“Chique demais. Quando recebemos a notícia de que fomos indicados, fomos ao céu. É uma premiação imponente, importante. E é um dos sonhos que a gente já cultivava. É a tradução de que a gente chegou onde esperava. E ainda recebemos o convite para nos apresentar, e isso foi o surto. Foram apenas mais dois artistas que receberam o convite, Anitta e Emicida. A gente se sentiu muito honrado”, relembrou Gabi.

Segundo Diogo, a indicação também fez com que os irmãos refletissem sobre a trajetória do grupo Melim. “Todas essas conquistas fazem você voltar um pouco e ficar nostálgico. Passou a nossa história na cabeça, de quando decidimos fazer música. De quando abrimos mão de qualquer coisa para viver o nosso sonho. A gente teve vários nãos, assim como vários artistas. É como se fosse uma coroação. A gente se sentiu ganhador independente do resultado. Ser indicado foi mais especial do que saber se a gente ia ganhar ou não”. 

 

FONTE: REVISTA QUEM